Celebrações Pessoanas em Caracas

O evento constou de duas partes claramente diferenciadas. Durante a primeira metade, o evento foi apresentado e conduzido por José Antonio Pires, presidente do IPC, e ao longo da mesma intervieram João da Silva Gonçalves, Presidente do Centro Português – que recebeu uma placa do IPC com motivo dos 50 anos do Centro Português – João da Costa Lopes, VP do IPC, que fez a apresentação do Dr. Rosa Dias, assim como o Dr. João José Gomes Caetano da Silva, Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário de Portugal, que encerrou os discursos.

Foi igualmente determinada por sorteio a vencedora do concurso Pe. António Vieria em Perguntas & Respostas – de um total de quase 50 participantes, três alunos chegaram à final – tendo tocado o prémio a Suzana Albornoz, aluna de Português, Nível Iniciação Finalmente, foi revelado o nome do vencedor do II Prémio de Jornalismo Literário Fernando Pessoa. A decisão unânime do júri foi para o jornalista e crítico literário Nelson Rivera, responsável pelo caderno Papel Literário, de El Nacional. A segunda edição do concurso contou com vários participantes em diferentes jornais e estima-se que o total de artigos publicados teve um potencial de perto de um milhão seiscentos mil leitores.

A segunda metade da noite foi preenchida com uma sessão de fados, durante a qual Camané interpretou textos do francês Alain Oulman e de vários poetas portugueses, entre eles Pedro Homem de Mello e Fernando Pessoa.

Durante a sua permanência em Caracas, o Dr. Rosa Dias foi entrevistado por vários jornais venezuelanos – destaque de meia página em El Universal; por estações de radio – Radio Nacional de Venezuela, no programa La Maja Desnuda, dirigido por Nidia Hernández e na Emissora Cultural de Caracas, no programa que conduz a jornalista Alexandra Kariani; e por eTV. Esteve igualmente na Fundação Luís de Camões, em Valência, para uma palestra e contactos com a comunidade local. O Dr. Rosa Dias cumpriu ainda com outra conferência, dirigida ao público venezuelano, no Salão Rio Torbes, do Hotel Meliá, no dia 12 de Junho.

Poema do Dia

Os versos que te fiz
Deixe dizer-te os lindos versos raros
Que a minha boca tem pra te dizer !
São talhados em mármore de Paros
Cinzelados por mim pra te oferecer.

Tem dolencia de veludo caros,
São como sedas pálidas a arder...
Deixa dizer-te os lindos versos raros
Que foram feitos pra te endoidecer !

Mas, meu Amor, eu não te digo ainda...
Que a boca da mulher é sempre linda
Se dentro guarda um verso que não diz !

Amo-te tanto ! E nunca te beijei...
E nesse beijo, Amor, que eu te não dei
Guardo os versos mais lindos que te fiz.

Lâmpadas incandescentes só mais 3 anos

As lâmpadas incandescentes (as tradicionais) deverão ser banidas do mercado em 2011, quatro anos antes da meta proposta pelo Governo, de acordo com o pedido formulado ontem pela associação ambientalista Quercus, num postal de correio verde gigantesco, de quatro metros, que colocou à porta do Ministério da Economia.Tal antecipação permitiria uma poupança de 1400 megawatts por ano, ou seja, 3% do consumo de electricidade, e uma redução superior a 680 mil toneladas nas emissões de dióxido de carbono por ano, alega a Quercus.O Plano Nacional de Acção para a Eficiência Energética, que o Governo deu a conhecer na última semana, prevê o fim da venda daquelas lâmpadas em 2015, e a sua substituição pelas economizadoras.Confrontado com a iniciativa da associação, o ministro Manuel Pinho comentou ontem, em Bruxelas, que a proposta tem enquadramento na discussão pública sobre o Plano de Eficiência Energética, já em curso.À pergunta dos jornalistas sobre se considera exequível o prazo indicado pela Quercus, o ministro respondeu "Vamos ver".Segundo os ambientalistas, o fim da venda de lâmpadas incandescentes em 2011 - à semelhança do que outros governos já anunciaram, como os do Reino Unido, Itália, Irlanda e Austrália - poderia representar em 2020 uma poupança de cerca de 25% do consumo de electricidade actual.No entanto, a Quercus alertou para alguns cuidados a ter com as lâmpadas economizadoras por conterem mercúrio não devem ser colocadas no lixo, mas sim devolvidas à loja; e quando partem têm de ser manuseadas com luvas de borracha, devendo abrir-se uma janela.

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